quinta-feira, 29 de julho de 2010

O que deveria ter ampla repercussão na imprensa dita livre: política de igualdade racial.

No dia vinte deste mês (20/07/2010), o Presidente Lula promulgou o Estatuto  da Igualdade Racial.
Em Pernambuco, não vi a repercussão que a matéria merece ter, pelo menos  na grande imprensa e canais de televisão e rádio.
Vi somente notas inseridas em cadernos Brasil, transcritas da press release  distribuida pela Agência Brasil.
Essa lei, aprovada pelo Congresso Nacional no mês passado, tramitou por sete anos.
Por essa lei cria-se a UNIVERSIDADE  FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LUSO-AFRO-BRASILEIRA (UNILAB), que terá sede em Baturité, município do Ceará, e tem entre seus objetivos primordiais "promover atividades de cooperação internacional com os países da África, por meio de acordos, convênios e programas de cooperação internacional, especialmente contribuindo para a formação acadêmica de estudantes dos países parceiros".
A política de igualdade racial promulgada por essa lei tem por escopo a correção de desigualdades históricas no que se refere às oportunidades e aos direitos dos descendentes de escravos do País.
Aqui, abro um espaço para assinalar que, à primeira face, se deve entender como descendente de escravos, no Brasil, todo integrante da etnia negra, excluídos os raríssimos atuais imigrantes.
Até quando a imprensa dita livre, neste País, tentará ignorar os assuntos de interesse direto de uma grande parcela da nação ?

Jornalista da dita imprensa livre sente saudade do autoritarismo ?

A coluna de Dora KRAMER de hoje, 29/10/2010, publica a seguinte nota:

"Linha justa - A política anda precisando de um Zico que chame o esquadrão aos costumes."

Não basta a sua cotidiana desabusada censura aos costumes políticos, no mais das vezes desarrazoada e contendo expressões nada exemplares ?
Agora se pretende o autoritarismo personificado para enquadramento dos políticos imorais (ou amorais) !
O cumprimento da lei não basta ?
Assim se iniciou o atentado à legalidade culminado com o golpe militar de 1964, com o apelo dos udenistas, principalmente por meio dos órgãos da imprensa livre, aos quarteis para imposição de autoridade moral aos políticos e ao povo.
PCS